Clássicos do D.J.WinG

Dare - THE HUMAN LEAGUE - 1982

Houve uma época em que não existia o termo música eletrônica e sim, TECNOPOP. Concorrente direto do NEW ROMANTIC do Duran Duran, o tecnopop (não confundir com Techno), era o que existia de mais sofisticado naquele tempo.
Uma sonoridade finíssima saída dos toca-discos e rádios mais antenadas da época.
Me lembro de escutar e adorar "DON`T YOU WANT ME". Muito tempo depois, já em CD e com algum conhecimento musical, pude compreender melhor esse petardo POP, infestado de sintetizadores analogicos e loops em fitas de rolo. Esse último detalhe só vim descobrir depois da Internet, graças a apresentações ao vivo da banda na TV inglesa naquele tempo. O que era impossível de ver por aqui naquele tempo. Mas o clip eu vi e nunca mais esqueci. Foi na mesma noite que vi o clip de "True" do SPANDAL BALLET. Ambos nunca mais saíram da minha memória.
Mas voltando ao disco DARE do HUMAN LEAGUE, excluindo KRAFTWERK, DEPECHE e VINCE CLARK, esse é de longe um dos meus sons preferidos. O disco abre com "The things that dreams are made of". Não. Não tem nada a ver com "Sweet Dreams" do EURYTHMICS. Mas é puro pop eletrônico e uma das poucas faixas da banda que não tem os caracteriscos vocais femininos de JOANNE CATHERALL e SUSANNE SULLEY. Só PHILIP OAKEY comanda.
"Open your heart", "The sound of the crowd" e "Love action" foram singles extraídos desse disco. E "Seconds", que saiu no mesmo single de "Don´t you want me" tambem é primorosa.
O único senão é "DO OR DIE" que hoje soa um tanto "deslocada". Mas Huma League é Human League e pronto.
Já disse a muita gente que a formação do grupo é clássica pra mim. Gostaria de ter um grupo assim com 3 vozes, sendo 1 masculina e 2 femininas, mas com background technopop.
Na época o HL era (além das vozes) IAN BURDEN, JO CALLIS e PHILIP ADRIAN WRIGHT. O disco teve produção de MARTIN RUSHENT com a ajuda de DAVE ALLEN e o próprio THE HUMAN LEAGUE.
O disco ganhou uma versão remaster e com bônus. Mas nem a primeira saiu no Brasil. Uma pena. Só não é pior porque a gente pode importar...

Abraço a todos!